sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um feliz e forte ano


Meu amor, dou graças a Deus por você ter aparecido pra mim aqui no facebook a pouco mais de um ano atrás.

Onde nos encontramos?
Na cafeteria... Celular aqui e PC aí, ou foi o contrário?
Pessoas passando e olhando pros dois ausentes juntos.
Onde iam meus olhos? Em bons pedaços, meus lábios acariciavam a boca da garrafa verde da heineken que eu bebia, querendo outra boca...

E depois?
Depois teve um aniversário que eu não tinha convite, nem intimidade pra felicitar a aniversariante, mas querendo ou não, sem saber porque, tinha você...
Depois teve a montanha, a cidade acesa, o frio, minha blusa azul que eu levei sem precisar e que você vestiu... Um abraço, um 1o beijo...

Conversa ia e conversa vinha e veio você, silenciosa e reservada no coração da cidade, na noite e me beijou de novo.

Um erro veio, um monstro mostrou a cara e você ferida em batalha se recolheu, por força maior que seu sorriso grande, pôs te lágrima nos olhos.

Eis que você decidiu morar em terras derivadas do leite, terra onde mana queijo e comida no fogão a lenha....
Fui ao teu encontro, te ajudei a estabelecer as primeiras estacas da sua tenda, e pra lutar uma batalha perdida, me ausentei novamente.

Bateu forte vontade de pretexto pra te ver, com isso pedi que me trouxesse um aroma de sua terra, onde as águas batem à sua porta. Não pude mais sair, mesmo não querendo atar o nó, houve um consenso de ficar e de deixar que ficasse.
Começava uma vida de dois pra um e de volta pra dois.

Veio o chamado de terras de tropeiro com banana e moquecas sem igual, o mais ilustre dos líderes havia sucumbido, eu fui com você prestar honras oficiais...

Oficialmente eu fiquei, ao passar meus pés pelas margens do seu país as águas me prenderam, prenderam meus olhos, marcaram minha pele com o sol e me capturaram.
Completo estranho, eu sou.

Por um momento quase me afoguei naquelas águas, que me davam bom dia e boa noite pela janela da minha habitação, por ignorância eu quase fui submergido por águas ruins...

De um tempo com promessas no reino do pão de queijo, não houve motivo para ficar em meu país, eu vi que meu coração já não estava mais lá e tive que voltar, voltar com uma armadura um pouco frágil.

Decisões feitas, direções apontadas de forma a experimentar, travamos um caminho que revelou batalha nas primeiras curvas, batalhas e fogo amigo... Coisas aprendidas, leis revistas e caminhos novamente traçados, pagando tributos e caminhando lentamente.

Este conto arraigou meu coração em você, esta terra me deixou com apenas um motivo pra ficar,  ficar com minha princesa.
Não posso ter você rasgada de mim, fomos cosidos por alfaiataria perfeita, não é honra desfazer trabalho de arte.

Eu sou teu, eu te amo.
Receba meus parabéns pela data do seu aniversário, que sejas honrada e presenteada pelo criador de todos os reinos, pelo mentor do homem, que deu a ele a habilidade para fazer doce de leite e torta capixaba.
Que você se alegre nos dias por vir e que seu sorriso grande, seja um farol pra mim nesse mar que navego da sacada do meu quarto.

Gabriel Marchezini
20 de abril de 2012

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