Venha Esta Noite

Estou com sede, e sinto um pouco de frio...

A sede me trás agonia, e a frieza fere o coração.

Minha mente está distante, tento alcançá-la, mas não consigo.

Meu coração, congelado, não sente nada nem tenta sentir, fatigou-se.

Minhas palavras escolhem momento, lugar e o que dizerem... a energia lhes é pouca.

Meu espírito não dá palpite, está por de mais fraco para estender a mão.

Vejo vultos, não identifico pessoas, todas são iguais, a nenhuma sorrio com vigor.

O idioma que falo não é suficiente para me expressar.

Minhas mãos estão tremulas inconstantes...

Meu sono é pesado, mas não sonho há alguns dias.

Tenho-me daltônico, tudo me parece ser nos tons de cinza, cores... Cores?

A melancolia se assentou ao meu lado e pediu que eu a escrevesse um poema...

O desapontamento veio me visitar e queria que eu lhe cantasse uma canção...

A paz estava comigo, na minha frente, e sugeriu que eu me calasse...

Resolvi ouvir o conselho que a paz me deu.

Resolvi dar uma volta lá fora, caminhei durante horas...

Não me lembro de nada que tenha visto naquela caminhada, minha cabeça estava baixa e meus olhos miravam o chão.

Não tinha sol, não era dia...

A noite era cinza, e densa de neblina.

Fades my vision, my very heart stops beating...

Shades of the past try to haunt me.

Go away! 

I shout at them with the little energy that lasts in me…

They come and go, once in a while, most of the times they come they let me down.

I’m sure there is hope for me.

There must be, I can’t believe I would be helpless and hopeless…

Are you there for me?

Need you tonight in my sleep.

You know my bed; you know the way to reach my dreams.

I’m willing…

Are you coming?

Please!

I feel like I need a closer conversation with you.

Would you meet me tonight?

I give you the key to unlock any doors between you and me.

Be intimate with me…

I long to be intimate with you.

Só venha conversar comigo esta noite...

Eu preciso ouvir-te.

Te espero.

Gabriel Marchezini

28 de maio de 2009